O trabalho Resta-Um foi criado em 2009 é feito de cerâmica esmaltada de branco. Foi um dos meus primeiros trabalhos nesse campo de pesquisa que venho desenvolvendo sobre a relação da historia de vida da minha família Judaica em relação ao dias atuais, que no caso são os dias que eu vivo.
A obra remete ao jogo resta- um, porém no tradicional jogo existem bolinhas de gude para serem movimentadas, já nesse trabalho, ao invés de serem bolinhas que estão sendo modificadas de lugar são pequenas peças de cabeças de plástico de crianças. O jogo resta um só chega ao seu fim quando o participador deixa apenas uma bolinha no tabuleiro (no caso deste jogo , quando o participador deixa uma cabeça no tabuleiro).
A obra pode ser jogada como o próprio jogo, mas pense: a cada cabeça que sai do jogo é mais uma cabeça cortada, é mais uma morte, é mais um sonho de uma pessoa indo embora, é menos uma pessoa no mundo, seja esse mundo que você pode pensar real ou fantasioso. Até qual ponto nossa vida é um jogo?
Regras do jogo:
O objetivo é, através de movimentos válidos, deixar apenas uma peça no tabuleiro.
No início do jogo, há 32 peças no tabuleiro, deixando vazia a posição central. Um movimento consiste em pegar uma peça e fazê-la "saltar" sobre outra peça, sempre na horizontal ou na vertical, terminando em um espaço vazio. A peça que foi "saltada" é retirada do tabuleiro. O jogo acaba quando não é possível fazer nenhum movimento. Nesta ocasião, o jogador ganha se restar apenas uma peça no tabuleiro.
Obs: Obra homenagea 1 milhão e meio de crianças que morreram no Holocausto.